segunda-feira, 19 de novembro de 2012

View from my front porch!
First place on the all-day-tournament at Harrisonburg
Me and my bitchessssssss

A Picture's Worth a Thousand Words

Muitos de vocês conhecem minha amiga Liz. Ou sabem quem é. É a loirinha que sempre tá nas fotos comigo. Recentemente, ela teve que escrever uma redação pra aula de inglês sobre "um momento que marcou sua vida." E ela escolheu escrever sobre um momento meu e dela, que coincidentemente tem uma foto do momento. Ela me entregou o texto hoje e eu, sinceramente, amei. Ficou muito bom mesmo, e eu pedi a permissão dela pra mostrar pros meus amigos no Brasil. Ela disse que não tinha problema, então eu decidi compartilhar. Eu não sabia se devia postar em inglês ou em português, e vou postar nos dois então. Se você consegue entender inglês relativamente bem, eu recomendo ler a versão em inglês, porque foi ELA quem escreveu. Eu tentei fazer um trabalho bom e permanecer o mais fiel possível, mas possuem expressões e outros sentimentos que não dá pra traduzir. Ficou bem fiel a tradução, mas eu ainda recomendo vocês lerem a versão em inglês, se possível. Aí vai
A PICTURE'S WORTH A THOUSAND WORDS - BY LIZ GROVE The last game of the season was finally over. Handley volleyball had made a state run for the first time in over 15 years. I watched the last ball drop helplessly. There wasn’t anything anyone could do. The tears started welling up in everyone’s eyes. Bothe of us on the court, I looked to my foreign exchange friend, Ana Ribeiro. We clung to each other as a million different emotions went on around us. People on the opposing half of the court cheering and celebrating; everyone on our side of the court, overwhelmed with disbelief that it was all over. Hugging Ana after the last point was the biggest feeling of comfort. It was the only way neither of us would feel guilty about losing. It wasn’t our fault. It all seemed to be a blur, but the hug brought memories flooding back into my mind in an instant. The first day Ana sat at our lunch table; she didn’t really say much to me, in particular. She was introduced to some of my friends; she didn’t really say much to me, in particular. She was introduced to some of my friends; they began talking to her and learned that she was a volleyball player. At that point, my friends introduced her to me. That was one of the best things they’ve ever done for me, honestly. I asked her if she was going to try out for the team, where she played on the court, and it somehow ended up with me giving her a high five. I never thought I’d see or hear from her again. She came to practice the following Monday and I tried my best to make her feel welcome. She started to play and everyone’s mouth dropped. She was an insane player. We all knew we had just gotten so lucky. The coaches asked to meet with us that day after practice without Ana to discuss what we would do about having her on the team. After a first practice like she had, we knew our team was going to be changed for good. The meeting was over and I began driving home when I saw a vaguely familiar face walking on the side of the road heading in the direction I was coming from. I pulled over and asked Ana if she was lost. She replied that she was lost and I offered her a ride home. She quickly got in the car and we made small talk. Thinking I was being polite, I offered to take her home after practice every day. She accepted my offer, graciously. Within the next two days, we had an away game that Ana couldn’t play in because she technically hadn’t made the team; however, she traveled with us. We didn’t talk much that game, but during warm-ups before the game we talked for a while and I figured we would be friends. I hadn’t planned anything that happened after that. The more time we talked, the more we found ourselves being creepily similar, and the more inseparable we became. The following weekend, we had na all day tournament in Harrisonburg. Ana was finally allowed to play and we were all so excited to see her compete. We talked a little bit throughout the day but on the way back, after winning, we made a stop at Chick-Fil-A. That meal was when I started to realize how good of friends we would be. She had never been to Chick-Fil-A se we split a meal. Needless to say, she loved it. After we returned to school, we were all still starving. Four of us went to Chipotle, as was becoming tradition, Ana was with me. After that, we spent more and more time together. Every Friday became “Date Night” where we would do something together so she could try everything that Winchester had to offer. After every game, we would have a heart-to-heart about what went well during the game, what went poorly, and everything in between. The more time we spent together, the less we cared about what we did. We could just sit and talk for hours. Many hours, cumulatively, were spent on Sheetz runs, sitting in the parking lot just chatting about life. Others were spent sitting in my movie room, an episode of Friends playing, but talking over it or quoting it. Another, spent sitting in a Chick-Fil-A for nearly 3 hours, until the employees looked as though they wanted to yell at us for being the last ones in the restaurant. I normally hate my birthday, but I have to admit, she got me to enjoy it this year. We sat in the Sheetz parking lot(after having dinner at the fanciest place in town), eating donuts, and hot chocolate. Talking, as usual. It wasn’t how most people would want to spend their birthdays, but it was perfect for me. I never cry, but I’ve cried in front of her. I learned to trust her with everything. I learned how to be myself and not care. I learned that when things are meant to happen, they will. I knew that I became a better version of myself just by spending time with someone that values my strengths and weaknesses equally. After the last point, I knew that I was going to hug who had become my best friend and I couldn’t ask for anything else. The score could’ve been different, true, but I had gained so much more than we could ever lose. That made it all worth it. The hug ended and I knew that I was only able to tell her that I was proud of her because the team couldn’t have done it and I wouldn’t be the same without her. It’s true friends that help you become who you’re meant to be. It was then, in that moment, that I knew that I had found a true friend.
UMA IMAGEM FALA MAIS QUE MIL PALAVRAS - POR LIZ GROVE. TRADUÇÃO: ANA RIBEIRO O último jogo da temporada tinha acabado. Handley conseguiu uma classificação no estado após mais de quinze anos. Eu observei a última bola cair no chão, impotente. Não tinha nada que podíamos fazer. As lágrimas começaram a brotar nos olhos de todo mundo. Nós duas na quadra, eu olhei pra minha amiga intercambista, Ana Ribeiro. Nós apoiamos uma na outra na medida em que milhões de emoções diferentes explodiam ao nosso redor. As pessoas no outro lado da quadra torcendo e celebrando; do nosso lado, sobrecarregados com o descontentamento que tinha tudo chegado ao fim. Abraçar Ana após o último ponto foi o maior sentimento de conforto. Era o único jeito que nenhuma de nós sentiria culpada por ter perdido. Não era nossa culpa. Tudo parecia um apagão, mas o abraço trouxe memórias à minha mente em questão de segundos. O primeiro dia que a Ana sentou na nossa mesa na hora do almoço; ela não conversou muito comigo, em particular. Ela foi apresentada às minhas amigas; elas começaram a conversar e elas descobriram que ela jogava vôlei. Naquele momento, minhas amigas me apresentaram pra ela. Foi uma das melhores coisas que elas já fizeram por mim, pra ser sincera. Eu perguntei se ela ia tentar entrar no time, qual posição ela jogava, e de alguma forma, terminou comigo oferecendo um “High Five” pra ela. Eu nunca imaginei que eu iria vê-la ou ouvir dela novamente. Ela veio treinar na segunda-feira seguinte, e eu tentei ao máximo pra fazer com que ela se sentisse acolhida. Ela começou a jogar e todo mundo ficou boquiaberto. Ela era impressionante. Todos nós sabíamos que a gente teve muita sorte. Os técnicos fizeram uma reunião conosco depois do treino, sem a Ana, para discutir o que nós faríamos sobre ela estar no time ou não. Depois de um treino como aquele, todas nós sabíamos que o nosso time tinha mudado pra melhor. A reunião tinha acabado e eu estava dirigindo pra casa quando vi um rosto vagamente familiar caminhando na direção que eu estava indo. Eu encostei o carro e perguntei à Ana se ela estava perdida. Ela disse que sim, e eu ofereci uma carona. Ela entrou no carro e nós começamos a conversar. Tentando ser educada, eu ofereci levá-la em casa todos os dias depois do treino. Ela, graciosamente, aceitou minha oferta. Dentro de dois dias, tivemos um jogo fora de casa no qual a Ana não podia jogar porque ela tecnicamente ainda não estava no time; todavia, ela viajou com a gente. Nós não conversamos muito durante o jogo, mas no aquecimento nós conversamos um pouco e eu percebi que seríamos amigas. Eu nunca planejei nada depois daquilo. Na medida em que a gente conversava, a gente descobria que éramos assustadoramente similares, e nos tornamos inseparáveis. No fim de semana seguinte, nós tivemos um torneio que durou o dia inteiro, em Harrisonburg. Nós conversamos um pouco durante o dia, mas na volta, depois de termos ganhado, nós paramos no Chick-Fil-A. Naquele restaurante eu percebi quão boas amigas seríamos. Ela nunca tinha ido ao Chick-Fil-A, então nós dividimos um prato. Nem preciso dizer que ela amou. Depois que voltamos pra escola, ainda estávamos com muita fome. Eu, ela, e outras duas meninas fomos ao Chipotle, e, como tradição, a Ana tava comigo. Depois daquele dia, começamos a passar mais tempo juntas. Todas as sextas-feiras se tornaram “Date Night”, nas quais faríamos algo juntas para que ela pudesse conhecer tudo que Winchester tem de bom. Depois de todos os jogos, nós tínhamos conversas sinceras sobre o que foi bom durante o jogo, o que foi ruim, e o que foi meio termo. Quanto mais tempo a gente passava junta, menos a gente importava sobre o que fazíamos. Nós podíamos simplesmente sentar e conversar por horas. Muitas horas, acumuladas, foram gastas em idas ao Sheetz, sentando no estacionamento simplesmente conversando sobre a vida. Outras horas, em minha salinha de TV, com um episódio de Friends passando, mas a gente conversando e imitando as falas. Outra, passamos quase três horas no Chick-Fil-A, até que os funcionários começaram a olhar pra gente muito bravos por sermos as últimas no restaurante. Eu geralmente odeio meu aniversário, mas ela, de alguma forma, fez com que eu amasse esse. Nós sentamos no estacionamento do Sheetz (depois de um jantar no restaurante mais chique da cidade), comendo donuts e tomando chocolate quente. Conversando, como sempre. Não é como a maioria das pessoas sonha em passar o aniversário, mas sinceramente, foi perfeito pra mim. Eu nunca choro, mas eu chorei na frente dela. Eu aprendi a confiar nela. Eu aprendi que eu posso ser eu mesma e não ligar. Eu aprendi que quando as coisas são feitas pra acontecer, elas vão acontecer. Eu descobri que eu tornei uma versão melhor de mim só de estar com alguém que sabe valorizar minhas qualidades e defeitos igualmente. Após aquele último ponto, eu sabia que eu iria abraçar a pessoa que tinha se tornado minha melhor amiga, e eu não podia pedir mais nada. O placar podia ser diferente, claro, mas eu havia ganhado muito mais do que eu já perdi na minha vida toda. Aquilo fez tudo valer à pena. Depois que me soltei dela, eu sabia que eu só conseguia dizer o quão orgulhosa eu estava dela, pois o time não teria conseguido sem ela, e eu não seria a mesma. São os verdadeiros amigos que te ajudam no processo de se tornar quem você nasceu para ser. Foi lá, naquele momento, que eu tive certeza que eu tinha achado uma verdadeira amiga

End of volleyball

Vou contar uma coisa: se vocês planejam fazer intercâmbio e, por qualquer motivo que for, vocês criam um blog, postem nele com mais frequência do que eu. Porque se não as pessoas começam a te cobrar as coisas. Sério! Bom, mas é foda postar aqui sempre porque eu tenho estado muito ocupada... Claro que eu arrumaria tempo pra postar aqui mais vezes, mas não é o meu primeiro interesse, então... Só lamento! (desculpa mamãe e papai) Mas enfim... Acho que quem me conhece bem sabe que a temporada de vôlei aqui acabou. Tem uma semana e quatro dias que a temporada acabou e é extremamente ruim ficar sem vôlei. Eu simplesmente fiz 12 amigas que eu tenho certeza que vou lembrar pra sempre na minha memória, o vôlei me permitiu me soltar um pouco aqui, me permitiu (sempre foi assim) ser quem eu sou. Dentro da quadra eu me desligo do mundo e - eu sinto que quem não faz esportes não tem noção do que eu to falando, mas quem faz sabe qual é a sensação - meu mundo se torna a quadra. Simplesmente são os melhores momentos da minha vida. E eu não vou ser hipócrita a ponto de esconder ou dizer que eu não gosto das outras coisas que o vôlei me proporcionou aqui! Antes de jogar vôlei eu era simplesmente uma intercambista do Brasil, com alguns amigos e tals. Depois do vôlei as pessoas começaram a se interessar em mim, a querer me conhecer; as pessoas começaram a me conhecer de verdade. Aqui na cidade que eu estou eu sempre ouvi "as pessoas aqui não ligam pra intercambista", mas agora a coisa que eu ouço é "você conseguiu o que nenhum outro intercambista conseguiu: você criou uma vida aqui." E isso simplesmente é uma sensação muito boa. De ter uma vida aqui. De sentir que eu pertenço aqui. De saber que as pessoas sinceramente gostam de mim (eu espero hehe), e de saber que eu estou fazendo amigos e criando coisas que eu sei que vão durar pro resto da minha vida. Coisas e pessoas que eu conheci aqui, eu tenho certeza que vou levar pra sempre na minha memória e comigo! Vocês já devem estar cansados de ouvir eu falando de vôlei né? É compreensível. Eu falo demais sobre o vôlei. Mas quem me conhece sabe o tanto que é importante pra mim. Enfim, depois que a temporada acabou, começaram os outros esportes; os esportes de inverno. São eles: natação, futsal, basquete e atletismo (indoor). Todos os técnicos vieram falar comigo, dizendo que queriam que eu jogasse no time deles e tals. Futsal eu descartei de cara (o que todos acharam muito estranho, vindo de uma pessoa do Brasil), os outros três eu considerei, e acabei decidindo fazer atletismo, porque é uma temporada curta e eu vou voltar a jogar vôlei em janeiro, então todos os outros esportes confrontariam. Daí vou fazer 100 e 200 metros rasos e salto em distância e altura… Quero só ver como vai virar! Fora o vôlei e os outros esportes, minha vida tem corrido tudo muito bem… Essa semana temos só dois dias de aula e na quinta feira eu vou pra New Jersey e Philadelfia com a minha família para o Thanks Giving Day… As pessoas tão começando a dar festas por aqui, então to saindo praticamente todo fim de semana e tals. Sextas a noite eu tenho “date night”, que é eu e mais duas amigas minhas; a gente sai toda sexta a noite só nós três e fazemos qualquer coisa – desde sentar no estacionamento do Sheetz e comer donuts e chocolate quente, movie nights, até arrumar (vestido e salto) e ir no restaurante mais chique da cidade e fingir que somos adultas ricas. É simplesmente o melhor dia da semana! E no sábado as pessoas geralmente fazem festas nas casas deles, então é um jeito de boa de passar o tempo. Domingo, como sempre, é o dia do tédio: eu costumo sair pra almoçar com a minha host family ou com alguns amigos e a tarde geralmente vou com alguma amiga em algum lugar ou simplesmente sento em casa e assisto tv e mexo no computador. E eu to tentando trabalhar no presente de Natal do povo. Pros meus amigos no Brasil: eu não sei se vai dar pra eu mandar presentes, porque meu endereço já tá marcado na polícia federal de tanta coisa que eu mandei… Mas eu gostaria de sugestões para presentes para os meus amigos e família aqui. Se alguém pensar em algo legal pode me falar! Valeu galera. Fiquem bem e até a próxima!