sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Christmas Eve, Christmas, Snow.....

Ei galera, quanto tempo né? Eu tenho que começar a postar com mais frequência... Prometo (hehehehe) que vou fazer o possível pra postar mais para os meus fãs (vulgo mamãe e papai) Bem... Meu último post foi sobre o dia de ação de graças... Eu fui pra New Jersey e Philadelphia com a minha host family, e foi muito bom mesmo! Primeiramente, porque eu tava sem internet, então me permitiu escapar um pouco de tudo... Esqueci o carregador do meu celular, então não troquei mensagem com ninguém. Eu literalmente estava afastada do mundo em uma cidade desconhecida, com minha host family, alguns parentes e etc. E Philadelphia tornou-se uma das minhas (se não a) cidades favoritas! É perfeito lá... Eu quero muito voltar, sem noção. Bem, essa semana foi o Natal (uou) e foi o melhor Natal da minha vida. Depois de ouvir durante o mês inteiro as pessoas perguntando se no Brasil a gente comemora Natal, eu viajei com a minha família para a fazenda, que fica há 3 horas daqui. Aqui nos Estados Unidos, o Natal é bem diferente... É mais ou menos que nem o Halloween: as pessoas realmente se importam pro Natal. Bem, eu posso estar falando uma coisa nada a ver, porque talvez é só minha família, mas o Natal dentro da minha casa não é uma coisa gigante... Claro... a gente vai pra casa de parentes e tals, mas nada de mais. Aqui....... Eu fiquei impressionada! No dia 23 a gente viajou pra fazenda e assim que eu cheguei lá, foi a primeira vez que vi neve de verdade! Tipo, que aqui na minha cidade já tinha nevado, mas muito pouco, nem deu pra brincar. Claro que eu mal cheguei em casa os primos já me arrastaram lá pra fora e me jogaram na neve, me dando montinho... Eu tava de calça jeans, uma blusa de moletom fininha e descalça e se luvas. Quando eu entrei dentro de casa, meus pés e mãos estavam roxos e eu não tava sentindo nenhuma extremidade do meu corpo....
Depois, no dia 24, foi o começo do Natal... Fomos todos para a Igreja, e depois, quando chegamos em casa, tivemos a ceia e a troca de presentes. Primeiro tivemos o amigo secreto entre primos, depois ganhamos presente dos avós (50 dollares pra cada neto). No dia seguinte, quando acordamos, tivemos os presentes do "Papai Noel" (eu não sei porque as aspas, mas minhas irmãs se referem ao papai noel com aspas, como se ele não fosse real)... E depois quando chegamos em casa, trocamos presente entre eu, meu host dad, host mom e as três host irmãs. Eu amo quando elas tão em casa, a gente fica acordada o dia inteiro, sempre juntas, conversando mais alto do que tudo e rindo pra caramba...
E aqui em Winchester tá nevando... Começou a nevar no dia 24, e eu não estava aqui, o que resultou em eu receber mensagens de todo mundo dizendo que tava nevando e tals... Além dos presentes da família, ganhei presentes de amigos também, a maioria é com alguma coisa que se refere à mim ou algo pra eu lembrar deles... Achei muito fofo! Comecei a jogar voleibol ontem. Ontem foi o primeiro treino para o clube, depois de 2 meses sem treinar. Resultado: eu atacando com meu cutuvelo! Pelo menos foi engraçado... Não to fazendo mais atletismo, porque dei canelite nas duas pernas e eu não tava conseguindo mais andar (pegaram muletas pra mim) daí eu decidi parar pra ficar melhor pro vôlei...
Essa é a vista do meu quarto quando eu acordo! hahaha é isso então galera, beijão!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

View from my front porch!
First place on the all-day-tournament at Harrisonburg
Me and my bitchessssssss

A Picture's Worth a Thousand Words

Muitos de vocês conhecem minha amiga Liz. Ou sabem quem é. É a loirinha que sempre tá nas fotos comigo. Recentemente, ela teve que escrever uma redação pra aula de inglês sobre "um momento que marcou sua vida." E ela escolheu escrever sobre um momento meu e dela, que coincidentemente tem uma foto do momento. Ela me entregou o texto hoje e eu, sinceramente, amei. Ficou muito bom mesmo, e eu pedi a permissão dela pra mostrar pros meus amigos no Brasil. Ela disse que não tinha problema, então eu decidi compartilhar. Eu não sabia se devia postar em inglês ou em português, e vou postar nos dois então. Se você consegue entender inglês relativamente bem, eu recomendo ler a versão em inglês, porque foi ELA quem escreveu. Eu tentei fazer um trabalho bom e permanecer o mais fiel possível, mas possuem expressões e outros sentimentos que não dá pra traduzir. Ficou bem fiel a tradução, mas eu ainda recomendo vocês lerem a versão em inglês, se possível. Aí vai
A PICTURE'S WORTH A THOUSAND WORDS - BY LIZ GROVE The last game of the season was finally over. Handley volleyball had made a state run for the first time in over 15 years. I watched the last ball drop helplessly. There wasn’t anything anyone could do. The tears started welling up in everyone’s eyes. Bothe of us on the court, I looked to my foreign exchange friend, Ana Ribeiro. We clung to each other as a million different emotions went on around us. People on the opposing half of the court cheering and celebrating; everyone on our side of the court, overwhelmed with disbelief that it was all over. Hugging Ana after the last point was the biggest feeling of comfort. It was the only way neither of us would feel guilty about losing. It wasn’t our fault. It all seemed to be a blur, but the hug brought memories flooding back into my mind in an instant. The first day Ana sat at our lunch table; she didn’t really say much to me, in particular. She was introduced to some of my friends; she didn’t really say much to me, in particular. She was introduced to some of my friends; they began talking to her and learned that she was a volleyball player. At that point, my friends introduced her to me. That was one of the best things they’ve ever done for me, honestly. I asked her if she was going to try out for the team, where she played on the court, and it somehow ended up with me giving her a high five. I never thought I’d see or hear from her again. She came to practice the following Monday and I tried my best to make her feel welcome. She started to play and everyone’s mouth dropped. She was an insane player. We all knew we had just gotten so lucky. The coaches asked to meet with us that day after practice without Ana to discuss what we would do about having her on the team. After a first practice like she had, we knew our team was going to be changed for good. The meeting was over and I began driving home when I saw a vaguely familiar face walking on the side of the road heading in the direction I was coming from. I pulled over and asked Ana if she was lost. She replied that she was lost and I offered her a ride home. She quickly got in the car and we made small talk. Thinking I was being polite, I offered to take her home after practice every day. She accepted my offer, graciously. Within the next two days, we had an away game that Ana couldn’t play in because she technically hadn’t made the team; however, she traveled with us. We didn’t talk much that game, but during warm-ups before the game we talked for a while and I figured we would be friends. I hadn’t planned anything that happened after that. The more time we talked, the more we found ourselves being creepily similar, and the more inseparable we became. The following weekend, we had na all day tournament in Harrisonburg. Ana was finally allowed to play and we were all so excited to see her compete. We talked a little bit throughout the day but on the way back, after winning, we made a stop at Chick-Fil-A. That meal was when I started to realize how good of friends we would be. She had never been to Chick-Fil-A se we split a meal. Needless to say, she loved it. After we returned to school, we were all still starving. Four of us went to Chipotle, as was becoming tradition, Ana was with me. After that, we spent more and more time together. Every Friday became “Date Night” where we would do something together so she could try everything that Winchester had to offer. After every game, we would have a heart-to-heart about what went well during the game, what went poorly, and everything in between. The more time we spent together, the less we cared about what we did. We could just sit and talk for hours. Many hours, cumulatively, were spent on Sheetz runs, sitting in the parking lot just chatting about life. Others were spent sitting in my movie room, an episode of Friends playing, but talking over it or quoting it. Another, spent sitting in a Chick-Fil-A for nearly 3 hours, until the employees looked as though they wanted to yell at us for being the last ones in the restaurant. I normally hate my birthday, but I have to admit, she got me to enjoy it this year. We sat in the Sheetz parking lot(after having dinner at the fanciest place in town), eating donuts, and hot chocolate. Talking, as usual. It wasn’t how most people would want to spend their birthdays, but it was perfect for me. I never cry, but I’ve cried in front of her. I learned to trust her with everything. I learned how to be myself and not care. I learned that when things are meant to happen, they will. I knew that I became a better version of myself just by spending time with someone that values my strengths and weaknesses equally. After the last point, I knew that I was going to hug who had become my best friend and I couldn’t ask for anything else. The score could’ve been different, true, but I had gained so much more than we could ever lose. That made it all worth it. The hug ended and I knew that I was only able to tell her that I was proud of her because the team couldn’t have done it and I wouldn’t be the same without her. It’s true friends that help you become who you’re meant to be. It was then, in that moment, that I knew that I had found a true friend.
UMA IMAGEM FALA MAIS QUE MIL PALAVRAS - POR LIZ GROVE. TRADUÇÃO: ANA RIBEIRO O último jogo da temporada tinha acabado. Handley conseguiu uma classificação no estado após mais de quinze anos. Eu observei a última bola cair no chão, impotente. Não tinha nada que podíamos fazer. As lágrimas começaram a brotar nos olhos de todo mundo. Nós duas na quadra, eu olhei pra minha amiga intercambista, Ana Ribeiro. Nós apoiamos uma na outra na medida em que milhões de emoções diferentes explodiam ao nosso redor. As pessoas no outro lado da quadra torcendo e celebrando; do nosso lado, sobrecarregados com o descontentamento que tinha tudo chegado ao fim. Abraçar Ana após o último ponto foi o maior sentimento de conforto. Era o único jeito que nenhuma de nós sentiria culpada por ter perdido. Não era nossa culpa. Tudo parecia um apagão, mas o abraço trouxe memórias à minha mente em questão de segundos. O primeiro dia que a Ana sentou na nossa mesa na hora do almoço; ela não conversou muito comigo, em particular. Ela foi apresentada às minhas amigas; elas começaram a conversar e elas descobriram que ela jogava vôlei. Naquele momento, minhas amigas me apresentaram pra ela. Foi uma das melhores coisas que elas já fizeram por mim, pra ser sincera. Eu perguntei se ela ia tentar entrar no time, qual posição ela jogava, e de alguma forma, terminou comigo oferecendo um “High Five” pra ela. Eu nunca imaginei que eu iria vê-la ou ouvir dela novamente. Ela veio treinar na segunda-feira seguinte, e eu tentei ao máximo pra fazer com que ela se sentisse acolhida. Ela começou a jogar e todo mundo ficou boquiaberto. Ela era impressionante. Todos nós sabíamos que a gente teve muita sorte. Os técnicos fizeram uma reunião conosco depois do treino, sem a Ana, para discutir o que nós faríamos sobre ela estar no time ou não. Depois de um treino como aquele, todas nós sabíamos que o nosso time tinha mudado pra melhor. A reunião tinha acabado e eu estava dirigindo pra casa quando vi um rosto vagamente familiar caminhando na direção que eu estava indo. Eu encostei o carro e perguntei à Ana se ela estava perdida. Ela disse que sim, e eu ofereci uma carona. Ela entrou no carro e nós começamos a conversar. Tentando ser educada, eu ofereci levá-la em casa todos os dias depois do treino. Ela, graciosamente, aceitou minha oferta. Dentro de dois dias, tivemos um jogo fora de casa no qual a Ana não podia jogar porque ela tecnicamente ainda não estava no time; todavia, ela viajou com a gente. Nós não conversamos muito durante o jogo, mas no aquecimento nós conversamos um pouco e eu percebi que seríamos amigas. Eu nunca planejei nada depois daquilo. Na medida em que a gente conversava, a gente descobria que éramos assustadoramente similares, e nos tornamos inseparáveis. No fim de semana seguinte, nós tivemos um torneio que durou o dia inteiro, em Harrisonburg. Nós conversamos um pouco durante o dia, mas na volta, depois de termos ganhado, nós paramos no Chick-Fil-A. Naquele restaurante eu percebi quão boas amigas seríamos. Ela nunca tinha ido ao Chick-Fil-A, então nós dividimos um prato. Nem preciso dizer que ela amou. Depois que voltamos pra escola, ainda estávamos com muita fome. Eu, ela, e outras duas meninas fomos ao Chipotle, e, como tradição, a Ana tava comigo. Depois daquele dia, começamos a passar mais tempo juntas. Todas as sextas-feiras se tornaram “Date Night”, nas quais faríamos algo juntas para que ela pudesse conhecer tudo que Winchester tem de bom. Depois de todos os jogos, nós tínhamos conversas sinceras sobre o que foi bom durante o jogo, o que foi ruim, e o que foi meio termo. Quanto mais tempo a gente passava junta, menos a gente importava sobre o que fazíamos. Nós podíamos simplesmente sentar e conversar por horas. Muitas horas, acumuladas, foram gastas em idas ao Sheetz, sentando no estacionamento simplesmente conversando sobre a vida. Outras horas, em minha salinha de TV, com um episódio de Friends passando, mas a gente conversando e imitando as falas. Outra, passamos quase três horas no Chick-Fil-A, até que os funcionários começaram a olhar pra gente muito bravos por sermos as últimas no restaurante. Eu geralmente odeio meu aniversário, mas ela, de alguma forma, fez com que eu amasse esse. Nós sentamos no estacionamento do Sheetz (depois de um jantar no restaurante mais chique da cidade), comendo donuts e tomando chocolate quente. Conversando, como sempre. Não é como a maioria das pessoas sonha em passar o aniversário, mas sinceramente, foi perfeito pra mim. Eu nunca choro, mas eu chorei na frente dela. Eu aprendi a confiar nela. Eu aprendi que eu posso ser eu mesma e não ligar. Eu aprendi que quando as coisas são feitas pra acontecer, elas vão acontecer. Eu descobri que eu tornei uma versão melhor de mim só de estar com alguém que sabe valorizar minhas qualidades e defeitos igualmente. Após aquele último ponto, eu sabia que eu iria abraçar a pessoa que tinha se tornado minha melhor amiga, e eu não podia pedir mais nada. O placar podia ser diferente, claro, mas eu havia ganhado muito mais do que eu já perdi na minha vida toda. Aquilo fez tudo valer à pena. Depois que me soltei dela, eu sabia que eu só conseguia dizer o quão orgulhosa eu estava dela, pois o time não teria conseguido sem ela, e eu não seria a mesma. São os verdadeiros amigos que te ajudam no processo de se tornar quem você nasceu para ser. Foi lá, naquele momento, que eu tive certeza que eu tinha achado uma verdadeira amiga

End of volleyball

Vou contar uma coisa: se vocês planejam fazer intercâmbio e, por qualquer motivo que for, vocês criam um blog, postem nele com mais frequência do que eu. Porque se não as pessoas começam a te cobrar as coisas. Sério! Bom, mas é foda postar aqui sempre porque eu tenho estado muito ocupada... Claro que eu arrumaria tempo pra postar aqui mais vezes, mas não é o meu primeiro interesse, então... Só lamento! (desculpa mamãe e papai) Mas enfim... Acho que quem me conhece bem sabe que a temporada de vôlei aqui acabou. Tem uma semana e quatro dias que a temporada acabou e é extremamente ruim ficar sem vôlei. Eu simplesmente fiz 12 amigas que eu tenho certeza que vou lembrar pra sempre na minha memória, o vôlei me permitiu me soltar um pouco aqui, me permitiu (sempre foi assim) ser quem eu sou. Dentro da quadra eu me desligo do mundo e - eu sinto que quem não faz esportes não tem noção do que eu to falando, mas quem faz sabe qual é a sensação - meu mundo se torna a quadra. Simplesmente são os melhores momentos da minha vida. E eu não vou ser hipócrita a ponto de esconder ou dizer que eu não gosto das outras coisas que o vôlei me proporcionou aqui! Antes de jogar vôlei eu era simplesmente uma intercambista do Brasil, com alguns amigos e tals. Depois do vôlei as pessoas começaram a se interessar em mim, a querer me conhecer; as pessoas começaram a me conhecer de verdade. Aqui na cidade que eu estou eu sempre ouvi "as pessoas aqui não ligam pra intercambista", mas agora a coisa que eu ouço é "você conseguiu o que nenhum outro intercambista conseguiu: você criou uma vida aqui." E isso simplesmente é uma sensação muito boa. De ter uma vida aqui. De sentir que eu pertenço aqui. De saber que as pessoas sinceramente gostam de mim (eu espero hehe), e de saber que eu estou fazendo amigos e criando coisas que eu sei que vão durar pro resto da minha vida. Coisas e pessoas que eu conheci aqui, eu tenho certeza que vou levar pra sempre na minha memória e comigo! Vocês já devem estar cansados de ouvir eu falando de vôlei né? É compreensível. Eu falo demais sobre o vôlei. Mas quem me conhece sabe o tanto que é importante pra mim. Enfim, depois que a temporada acabou, começaram os outros esportes; os esportes de inverno. São eles: natação, futsal, basquete e atletismo (indoor). Todos os técnicos vieram falar comigo, dizendo que queriam que eu jogasse no time deles e tals. Futsal eu descartei de cara (o que todos acharam muito estranho, vindo de uma pessoa do Brasil), os outros três eu considerei, e acabei decidindo fazer atletismo, porque é uma temporada curta e eu vou voltar a jogar vôlei em janeiro, então todos os outros esportes confrontariam. Daí vou fazer 100 e 200 metros rasos e salto em distância e altura… Quero só ver como vai virar! Fora o vôlei e os outros esportes, minha vida tem corrido tudo muito bem… Essa semana temos só dois dias de aula e na quinta feira eu vou pra New Jersey e Philadelfia com a minha família para o Thanks Giving Day… As pessoas tão começando a dar festas por aqui, então to saindo praticamente todo fim de semana e tals. Sextas a noite eu tenho “date night”, que é eu e mais duas amigas minhas; a gente sai toda sexta a noite só nós três e fazemos qualquer coisa – desde sentar no estacionamento do Sheetz e comer donuts e chocolate quente, movie nights, até arrumar (vestido e salto) e ir no restaurante mais chique da cidade e fingir que somos adultas ricas. É simplesmente o melhor dia da semana! E no sábado as pessoas geralmente fazem festas nas casas deles, então é um jeito de boa de passar o tempo. Domingo, como sempre, é o dia do tédio: eu costumo sair pra almoçar com a minha host family ou com alguns amigos e a tarde geralmente vou com alguma amiga em algum lugar ou simplesmente sento em casa e assisto tv e mexo no computador. E eu to tentando trabalhar no presente de Natal do povo. Pros meus amigos no Brasil: eu não sei se vai dar pra eu mandar presentes, porque meu endereço já tá marcado na polícia federal de tanta coisa que eu mandei… Mas eu gostaria de sugestões para presentes para os meus amigos e família aqui. Se alguém pensar em algo legal pode me falar! Valeu galera. Fiquem bem e até a próxima!

domingo, 28 de outubro de 2012

Obnoxious Americans...

Bem galera, é o seguinte. Ta tudo corrido por aqui... Quinta-feira passada tivemos um jogo de vôlei contra James Wood (o time que tínhamos perdido de 3x2 dentro de casa) e ganhamos, de 3x1. Foi um dos melhores jogos da minha vida! Foi em James Wood, mas como é uma escola quase que dentro da minha cidade, quase todo mundo foi assistir... No final do quarto set, que a gente tava ganhando, a torcida de James Wood começou a gritar "USA! USA! USA!" daí os meninos da nossa escola começaram a gritar "BRASIL! BRASIL!" foi muito daora haha. Daí, como ganhamos dele, estamos empatados em primeiro lugar, e, o desempate ia ser amanhã, mas parece que não vai ter escola por causa de um alerta de tempestade-furacão, daí ainda não sei quando vai ser... Semana que vem é Halloween, e as casas por aqui estão todas decoradas. As pessoas levam o Halloween muito a sério, e ontem, todos os meus amigos foram numa casa mal-assombrada, mas eu dormi sem querer e não ouvi o telefone tocar, daí perdi hahaha, sacanagem... Ontem também foi um dia que deu maior problema na escola! Tipo que todo jogo de futebol americano em casa, todo mundo junta no estacionamento da escola, pinta a cara, a barriga, escreve John Handley, e muita gente bebe... É a festa antes dos jogos! Eu fui em todas as outras que tiveram, mas essa não deu pra eu ir porque eu tinha acabado de treinar e tinha que tomar banho, daí cheguei só pro jogo. Daí dois meninos tavam zuando muito e a polícia parou eles e como eles tavam bebendo, deu maior problema. Daí eles chamaram todo mundo que tava no estacionamento e fizeram teste do bafômetro em todos. Quem não tava bebendo voltou pra torcida de boa, mas quem tava, se fudeu muito. Tipo que tem muita gente que tem 18, daí eles são julgados como maiores, mas não tem idade pra beber, daí eles podem ser presos e tals. Ninguém sabe o que vai acontecer ainda, mas eu quero só ver o jeito que vai tar a escola amanhã. Hoje fui fazer uma trilha num parque há duas horas da minha cidade. Como é outono aqui, 1 a cada 2 árvores já perderam todas as folhas e as outras estão com as folhas todas laranjas-avermelhadas. Resultado: eu não sabia pra onde olhar - pras árvores, que estavam maravilhosas, pois o outono é minha estação favorita, ou pro chão, que além de estar escorregadio por causa da chuva, tinha folha em cima de pedra, daí não dava pra ver onde eu estava pisando, e eu quase caí umas 300 vezes. Mas foi muito daora, depois paramos numa cachoeira, fizemos um piquenique e depois da trilha fomos num jogo de futebol (soccer) da universidade da cidade. Agora estou em casa e estou esperando minha amiga me buscar porque vamos "coisar" uma abóbora. Eu sinceramente não sei a palavra, porque no Brasil não fazemos isso... Mas a gente vai cortar a abóbora em algum formato e colocar a lanterna dentro, pro Halloween. Abraço Galera!

domingo, 14 de outubro de 2012

Homecoming and Spirit Week

Eu to tentando achar uma palavra pra descrever essa semana que passou. Não sei se é porque eu não falo português mais ou se é porque realmente não existe uma palavra pra descrever, mas eu não consigo achar a qualidade certa. Acho que "estranha" encaixaria muito bem... Pra começar, segunda foi feriado aqui. Até hoje eu não consegui entender esse feriado, porque eles dizem que foi "dia de Colombo," mas tudo estava aberto, todo mundo trabalhando e só a escola de folga. Mas foi bom ter um dia pra descançar. Terça feira começaram as atividades da "spirit week." Terça foi "twin day," e eu e uma amiga minha fomos vestida com a camiseta do Brasil (eu emprestei pra ela) uma calça que a gente tem igual e um sapato que também temos igual. Dai de noite tivemos um jogo de vôlei. Semana passada havíamos jogado contra o melhor time do campeonato, Sherando, e, de acordo com a técnica e o jornal, essa foi a primeira vez que ganhamos deles em 12 anos. Daí terça jogamos contra James Wood, que é o segundo melhor time. Foi dentro de casa o jogo, então a gente tinha a nossa querida torcida (todos os meninos do time de football, basketball, e quase a escola inteira) do nosso lado. A gente perdeu o jogo, mas foi um dos melhores jogos da minha vida. Ficou 3 a 2, mas como é a primeira rodada não conta tanto e a gente pega eles de novo daqui duas semanas, e a gente vai ganhar dessa vez. Mas a parte legal foi que depois do jogo quando eu sai do vestiario (eu sempre sou a última, porque sou meio lerda-retardada) tava todo mundo na quadra daí quando eu pisei na quadra todo mundo começou a aplaudir e gritar "go brazil, we love you" e os meninos me abraçaram. Eu me senti muito bem nesse momento, como se tivesse meio que em casa, com gente que realmente gosta de mim. Na quarta foi décadas mas eu não fui vestida. Na quinta feira foi professor-aluno, daí eu e uma amiga fomos vestidas do professor de ginástica que a gente ama. Foi daora. Tivemos um jogo a noite, que foi o nosso jogo beneficente, pra juntar dinheiro pro câncer de mama, daí teve uma homenagem e tals... Ganhamos o jogo e depois ficamos na escola até 00 pra ajudar na decoração do corredor - Rio de Janeiro - e a piadinha "tá se sentindo em casa, né ana" foi a coisa que mais ouvi. Sexta feira foi "Fall day," que é um dia sem aula, só com atividades. Primeiro tivemos que desfilar no ginásio por ser do time de volei, enquanto todos aplaudiam e gritavam. Depois teve pep rally - para os que não sabem o que é isso consiste em ficar no ginásio e gritar. E depois teve várias competições entre as classes - dodgeball, meninos vestidos de cheerleaders, competiçao de torcida, dança das cadeiras, ship and shore, e o mais legal de todos: football feminino. Só que não me deixaram jogar :( eu queria muito ter jogado e tals, mas minha técnica não deixou nenhuma menina do time de volei jogar para evitar "machucar". Gente, fall day é maravilhoso, eu gostaria muito que tivesse no brasil, seria extremamente legal... Mas acontece é que é tudo diferente. No Brasil a gente não tem esse "espírito escolar" ou "patriotismo" e isso é o que faz as coisas funcionarem e serem divertidas aqui. Enfim, no sábado teve homecoming. Como tradição, tem o jogo de football do homecoming, que TODO MUNDO vai. Foi muito divertido, apesar de termos perdido (nosso time é muito ruim, sem ofenças) e depois tem o baile. MEU DEUS EU FIQUEI ATERRORIZADA! Tipo que muita gente vai acompanhada, mas eu não quis ir, fui com um grupo de amigas. Tipo que o povo fica o tempo inteiro dançando e, estar acompanhada ou dançar com um garoto significa ele ficar atrás da menina enquanto ela esfrega a bunda nele hahahahaha. Eu fiquei boquiaberta, sem noção. Mas dancei muito com as minhas amigas e não dancei com nenhum cara hahaah.. Depois que o baile acabou, fui com minhas amigas pra uma festa na casa de um menino. Tradicionais house parties americanas... Foi uma noite extremamente divertida e depois dormi na casa de uma amiga minha. Foi tudo muito bom, e, a partir de agora, começam as festas por aqui. Homecoming é a inauguração de tudo, e agora que começa a ficar bom hahahaha. Não que antes não estava, porque, sinceramente, está tudo perfeito aqui. Mesmo nos momentos que não estou muito feliz, eu realizo que "putz, to em outro país, é tudo tão diferente, deixa eu aproveitar o máximo e conhecer tudo que é estranho pra mim." Bom gente então é isso, eu vou começar a postar fotos com os posts, devido a pedidos. Abraços

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Foreigner on tv

E ai galera, ja tava ficando com saudades de postar aqui! Ultimamente tem sido tudo tão corrido aqui que eu acabo esquecendo de entrar aqui ou de dar notícia pros meus pais - e acreditem-me, a reação deles não é a melhor do mundo - mas eu finalmente arrumei um tempinho pra escrever aqui: mesmo que esse tempo seja enquanto eu estou sentada na cozinha vendo minha host mãe cozinhar e conversar comigo, e me confunde tanto, conversar em inglês e digitar em português... Mas enfim, vou começar a falar daqui... O vôlei tem sido a coisa mais importante aqui pra mim: minhas melhores amigas jogam no time, é a hora do dia que mais me divirto, e eu acabo fazendo uma coisa além de só comer. Desde que entrei no time, depois de todos os jogos meu nome aparece no jornal da cidade, falando sobre a minha atuação no jogo e tudo. E é muito engraçado quando seus amigos literalmente arrancam a parte do jornal levam pra escola e pregam na porta de todas as salas que você tem aula... E hoje, no começo do treino, eu recebi a notícia de que amanhã vou ter que dar uma entrevista pra TV local sobre "the exchange student from Brazil being the star on the volleyball team." Quero só ver eu falando na TV em inglês... Mas bom, chega de falar de volêi. Spirit Week/Homecoming: é tudo que as pessoas sabem falar na minha escola! Deixa eu explicar o que é isso. Spirit Week é, tecnicamente, uma semana pra fortalecer o espírito escolar, incentivar os alunos a estudarem e os professores a ensinarem! Mas todo mundo sabe que é uma semana que a gente só faz merda, perde aula, e é uma gincana de uma série contra a outra. E o vencedor da gincana ganha "O Martelo de Prata", não me perguntem o que é, mas aparentemente é algo muito importante aqui. Essa gincana consiste em várias provas que eu só sei algumas. Os seniors sempre ganham o martelo, já é manjado. Eles dizem que não, mas os seniors só perdem se eles forem tipo, muuuuuuuuuuuito ruins, o que nunca acontece. Uma das provas da gincana é o torneio de futebol americano/cheerleading. Como são 4 times/séries (freshmen, sophomores, juniors e seniors) você joga três jogos e quem ganhar mais ganha. Só que são as meninas que jogam futebol, e os meninos que torcem. Isso significa: mulheres com roupas largas e capacetes e meninos com regata e short-saia. E minhas amigas me arrastaram pra jogar futebol. O que foi uma vergonha. No primeiro dia do treino eu não sabia as regras, daí me fudi muito. Mas acontece que eu descobri que, como eu corro muito, eu jogo junto com o quarter-back, recebo a bola e corro pro touchdown. Minha posição é ou running back ou tight end, o que eu so preciso pegar a bola, correr e não deixar ninguém me derrubar. Outra prova da gincana é decorar o corredor. O tema desse ano é "Cidades do mundo." Os senior pegaram New York (claro), os sophomores pegaram Londres, os Freshmen pegaram Las Vegas. E adivinha qual nós pegamos??? Isso mesmo, Rio de Janeiro. E tipo que eu to ajudando muito né, já que envolve o nosso querido Brasil! Homecoming... É uma festa na escola depois da Spirit Week, tipo um baile, que as pessoas vão super bem vestidas e tals. Algumas pessoas vão de casal, e alguns meninos me convidaram, mas eu prefiro ir com um grupo de amigos e tals. Bom gente então é isso, espero que tenham gostado - ou nao, na verdade não me importo - e assim que eu tiver mais novidades eu posto aqui! Abraços